As redes sociais

O que também poderia ser as tricoteiras brasileiras e as redes sociais.

Eu escolhi a plataforma wordpress porque, depois de pesquisar, descobri que o blog tradicional, o blog de raiz, com ginga e jeito moleque, não está mais na moda. A moda hoje é fazer textão no Facebook.

Eu sou do tempo que só tinha nerd na internet, e tenho saudade as vezes. Hoje em dia a inclusão é muito maior, e realmente fico feliz com ela. Acho que todo mundo tem direito e dever de ser feliz onde e como quiser. Mas tenho saudade da facilidade em achar conteúdo bom que havia no passado nerd.

Hoje, todo mundo tem algo pra dizer, e muitas vezes as pessoas querem gritar a mesma palavra, defender o mesmo argumento, repetir exatamente a mesma ladainha. No tempo nerd me parece que não era assim, todo mundo tinha uma opinião maluca diferente.

Então, retirar do todo as vozes que não se repetem é mais difícil. E veja, não noto esse vies apenas no Brasil, mas também na gringa.

Mas isso faz parte da vida, e não me irrita. O que me irrita mesmo é pessoa que não sabe escolher rede social. Que usa twitter como bookmark de facebook. Isso me irrita +QD+!

Por exemplo, faz apenas pouco mais de uma semana que criei uma conta de twiter para esse blog adicionando toda tricoteira brasileira e empresa possível e já quero parar de seguir uma pá de gente.

Se você não tem tempo para se dedicar a mais de uma rede social, não faça das outras um mero amontoado de links para a sua primeira escolha. Se eu quisesse seguir sua página do Facebook, eu te seguiria no Facebook, e não no twitter. Olha, vou dar um conselho de nerd:

É mais sincera a ausência consciente de uma rede social, do que a presença incoerente.

Da mesma forma, se você quer um blog, faça um blog, e não uma página no Facebook. Se não você acaba caindo no erro do textão do face.

E o que isso tem a ver com as tricoteiras brasileiras? Tem tudo. Porque vou te contar quais redes sociais você tem que ter para se enturmar.

O primeiro local de presença absoluta é o Facebook. Lá você consegue se conectar com todo mundo. Você sempre vai achar algum grupo do seu interesse. O problema, pra mim, é que essa rede é de mão dupla, você só consegue participar se fizer parte também. É mais ou menos como o olho de Sauron, se você olha dentro dele, ele te olha de volta. Privacidade é a chave aqui.

O segundo local de presença tricoteira em português do Brasil é o Youtube. Eu achei bons canais (uns 6 ou 7) com tutoriais de técnicas e de receitas. Essa rede aparentemente tem menos seguidores mas a real estatística não é tão obvia quanto é a do Facebook, já que nessa rede, você pode somente olhar, sem exatamente se expor. Você pode consumir todos os conteúdos públicos sem nunca ter que criar uma conta! Quem se interessa por privacidade não deixa comentários, então acho ótimo. Veja aqui meu canal sem videos, mas com vários videos que eu curti e canais que eu segui.

O terceiro local, pra mim, é o Yahoo! Grupos. O que é uma pena porque essa ferramenta é uma verdadeira bosta. Mas é o que temos pra hoje. Muitos grupos lá de tricoteiras maravilhosas e ultra experientes. Pra mim, esse é ainda o reduto do conhecimento avançado. Também tem a questão da privacidade, você não consegue participar sem se envolver.

Depois da medalha de bronze, quero comentar apenas sobre mais duas redes sociais.

O Twitter simplesmente não existe para o tricô nacional. Mas o que tem de gringa tricoteira! É maravilhoso poder acompanhá-las porque elas são empreendedoras e feministas e maravilhosas! Só que falam inglês. E tem eu, então você curte tuiter e quer me seguir eu sou @eutricoto lá.

O Instagram é legal e você vai conseguir achar algumas tricoteiras brasileiras esporádicas. Minha dica é procurar por hashtags como #tricô #eutricoto ou #xale. Muitas eu achei procurando por #knitting e #knit e depois vendo de onde elas eram.

Os blogs em geral são esparsos e muito mais focados em apresentar trabalhos prontos do que opiniões e tutoriais. Mas eu gosto de blog então gosto de seguir os blogs menos técnicos e mais pessoais. E, depois que eu comecei a procurar, achei vários!

Ah, tem o Ravelry também, mas nunca vi muita iteração entre tricoteiras brasileiras lá.

Acho que tem pra todos os gostos afinal de contas, né?


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